INTRODUÇÃO
Sistemas intensivos de produção de carne bovina requerem a intensificação dos fatores básicos de produção, ou seja, da terra, do capital e do trabalho. Do uso desses fatores espera-se maior eficiência. Dessa forma, surge como condição fundamental a necessidade de elevada eficiência reprodutiva como meta principal dos produtores que objetivam rentabilidade na atividade pecuária.
No passado recente, várias biotécnicas de multiplicação animal têm sido desenvolvidas, estando algumas em rotina, outras em uso experimental. Entre estas podem ser citadas a transferência de embriões, a fertilização "in vitro", a transgênese e a clonagem. Contudo, a utilização de algumas dessas tecnologias, dado o elevado custo e a exigência tecnológica, fica limitada àqueles produtores de animais com genética tida como superior.
Mesmo a inseminação artificial, com todas as vantagens que proporciona e a facilidade de uso, apesar de disponível há mais de cinco décadas com material congelado, apresenta taxa de utilização em relação ao número de fêmeas em reprodução em nosso País, ao redor de 7%. Isso demonstra o grande potencial para expansão do uso dessa técnica, sobretudo para aqueles produtores de animais melhoradores de raças de corte, de cruzamentos industriais e produtores de leite.
Deduz-se, portanto, que mais de 90% dos bezerros nascidos no Brasil provêm de acasalamentos ocorridos em monta natural. Dessa forma, passa-se a descrever alguns tópicos importantes diretamente relacionados aos sistemas de produção de carne preponderantes no País.
A reprodução de bovinos tem como finalidade a produção de bezerros e
bezerras, utilizando matrizes, a partir da maturidade sexual até o momento dedescarte e conseqüente substituição por novilhas (reposição), sendo que o ciclo
se repete de geração em geração.
O que se pretende por intermédio do maior e melhor conhecimento é a
aplicação das técnicas pecuárias avançadas e intensificar as parições, de forma que cada vaca, em idade reprodutiva, produza um bezerro por ano e este deva ser criado de forma sadia e desmamado com bom peso.
A reprodução pode ser definida como o período entre a concepção da mãe e
subseqüente concepção da filha. Conseqüentemente, os desafios reprodutivos
incluem uma multiplicidade de fatores, variando da fertilidade dos gametas,
mortalidade pós-natal até a infertilidade da cria.
Assim, a baixa eficiência reprodutiva é um reflexo de distúrbios que afetam
negativamente a função fisiológica das fêmeas e dos machos bovinos, por
intermédio da apresentação de síndromes tais como: anestro, repetição de cio,
mortalidade embrionária precoce ou tardia, aborto, retenção de placenta,
retardamento da puberdade e maturidade sexual. Esses distúrbios têm como
conseqüência: o aumento do período de serviço, a elevação do numero de
serviço/concepção, o aumento do intervalo entre partos, a redução da vida útil
da fêmea e descartes precoces de reprodutores (Vale, 2002).
Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara/paginas/reproducao.html
Ana Luíza Dala Rosa
Biotecnologias utilizadas em reprodução animal
Inseminação artificial
A inseminação artificial é uma das técnicas mais simples e de baixo custo
empregada na área de reprodução animal e a que apresenta melhor resultado,
quando se pretende realizar a seleção e o melhoramento genético de um
rebanho como um todo (Vale, 2002). O melhoramento genético é realizado por
meio do uso de sêmem de reprodutores de comprovado valor zootécnico e da
sua utilização em rebanhos selecionados, pelo processo de inseminação
artificial. Apesar de sua simplicidade, a inseminação artificial requer um
criterioso e rígido controle de suas diferentes etapas, que vai desde a seleção
do reprodutor doador de sêmem, passando pelo processamento tecnológico
deste, seleção e controle do rebanho, chegando até o treinamento do
inseminador (Ohashi, 2002).
Vantagens
• Permitir maior aproveitamento de reprodutores que apresentam características melhoradoras. Em condições de monta natural, um touro produz até 50 bezerros/ano, enquanto que com a inseminação artificial, pode produzir 5.000 ou mais bezerros/ano.
• Facilitar a seleção genética do rebanho, possibilitando ao criador trabalhar
com várias linhagens de reprodutores.
• Evitar a consangüinidade do rebanho por meio da utilização facilitada de
sêmen de diversos reprodutores de outros criatórios.
• Diminuir a quantidade de touros na fazenda, facilitando o manejo e evitando
brigas, reduzindo também os gastos com a aquisição e a manutenção de
reprodutores.
• Assegurar ao proprietário a possibilidade de estocar e utilizar o sêmen de um
reprodutor, mesmo depois de morto.
• Possibilitar aos criadores com condições financeiras limitadas, a utilização de
reprodutores de alto valor zootécnico, graças ao baixo custo e facilidade de
transporte do sêmen.
• Contribuir para um maior controle sanitário e reprodutivo do rebanho,
eliminando as doenças da reprodução como campilobacteriose, brucelose e
outras.
• Colaborar, por meio da assistência médica veterinária contínua e da
organização detalhada do rebanho, na detecção de possíveis problemas.
• Controlar todo o rebanho e determinar os índices de fecundação, natalidade,
eficiência reprodutiva, número de serviços por concepção, entre outros, e
eliminar animais com fertilidade inferior à do rebanho.
• Exige pessoal habilitado, para realizar a correta observação do cio, além de
equipamentos especiais.
• Necessita de um inseminador capacitado, honesto e responsável.
• Pode disseminar rapidamente características indesejáveis quando não se
conhece o reprodutor utilizado.
• Pode propagar algumas doenças, causar lesões e infecções no aparelho
reprodutivo da fêmea quando o método não é utilizado corretamente.
• É necessário um manejo adequado, com boa alimentação, mineralização
correta, assistência médica veterinária e responsabilidade.
• Conforme a localização da propriedade, o fornecimento periódico de
nitrogênio líquido pode ser dificultado.
Transferência de embriões
A transferência de embriões (TE), é uma biotécnica que permite recolher
embriões de uma fêmea doadora e transferi-las para fêmeas receptoras, com a
finalidade de completarem o período de gestação. Apesar dos procedimentos
sofisticados necessários para sua implantação, a TE é uma técnica
mundialmente difundida. Sua importância básica para a produção animal consiste na possibilidade de uma fêmea produzir um numero de descendentes
muito superiores ao que seria possível obter fisiologicamente, durante sua vida
reprodutiva (Reichenbach et al. 2002). Além de equacionar problemas relativos à questão de ordem genética e sanitária, a TE fornece a base técnica para viabilizar a implementação de
biotécnicas afins, como a produção de clones e de animais transgênicos.
Vantagens
• Controla a transmissão de doenças infecto-contagiosas.
• Acelera o melhoramento genético do rebanho.
• Possibilita a maior disseminação de material genético das fêmeas de alto valor zootécnico.
Limitações
• Necessita de pessoal altamente qualificado.
• Ainda é uma técnica com elevados custos, sendo utilizada apenas por
poucos criadores.
Sincronização de cio
A sincronização de cios como biotécnica reprodutiva associada à inseminação
artificial permite a otimização da fertilidade nos rebanhos pela redução da
temporada reprodutiva. A sincronização da ovulação por métodos hormonais
em bovinos tem apresentado resultados animadores. Essa técnica permite
realizar a inseminação artificial em tempo fixo, sem a necessidade de
observação de cio, facilitando o manejo do rebanho e otimizando o emprego
dessa biotecnologia a campo. Assim, observa-se grande economia de mão-deobra, além da possibilidade de agrupar e programar as inseminações,
otimizando os trabalhos em dias determinados (Ribeiro et al. 2001).
A sincronização de cios tem como principal vantagem a eliminação da
necessidade de observação de cio e, consequentemente, a diminuição da
estação reprodutiva, facilitando o manejo e concentrando os partos em uma
época mais favorável do ano.
Porém, essa é uma técnica ainda bastante cara, pois necessita de mão-de-obra qualificada e uso de drogas com preço relativamente elevado por animal.
Produção in vitro de embriões
As técnicas de PIV (produção in vitro de embriões) têm sido utilizadas nos
diferentes segmentos da reprodução assistida das áreas humana e animal.
Adicionalmente, ela tem respaldado o desenvolvimento de biotécnicas
clonagem, transgênese, sexagem, etc.
Na produção animal, particularmente nos bovinos, a utilização da PIV ainda é
limitada em virtude da inconsistência dos resultados referentes às taxas e
qualidades das mórulas e blástulas, do custo inicial para a construção da infraestrutura e do tempo consumido para executar a rotina de produção de
embriões, que vai desde a punção folicular in vitro até o desenvolvimento in
vitro de embriões.
Outras técnicas extremamente importantes que as propriedades devem adotar,
visando à melhoria da eficiência reprodutiva são: determinar uma estação de
monta mais curta possível e conciliar os interesses de todos os segmentos da
cadeia produtiva, tais como, criadores, invernistas, frigoríficos e consumidores,
no tocante ao nascimento e desenvolvimento da cria, taxa de desmama,
intervalo entre partos, crescimento pós-desmame, rendimento, cobertura de
gordura, maciez da carne, categoria e tipo de animal, bem como custo/beneficio com bom retorno econômico favorável ao pecuarista.
Melhoramento genético
Os cruzamentos entre as raças de origens diferentes, visando-se obter animais mestiços ou “cruzados”, é a maneira mais fácil de se resolver os problemas relacionados às condições adversas, pois alia-se à rusticidade dos animais já adaptados às condições amazônicas, no caso os zebuínos, à precocidade dos animais de origem européia.
Alguns aspectos devem ser ressaltados, ou seja, o quê e como melhorar o
rebanho, para se obter maior produtividade. Quando o criador sente a
necessidade de melhorar o seu rebanho, o principal recurso deve ser usar
animais de qualidade superior. É preciso melhorar para produzir mais e com
qualidade, visando competir com maior segurança no mercado e, assim, obter maior retorno econômico.
Na fase de o que melhorar, o criador deve atentar para a qualidade atual do rebanho, principalmente da vacada e proceder à escolha de fêmeas na própria fazenda, a fim de iniciar um trabalho sem a necessidade de adquirir animais de outra propriedade.
Todavia, se for o caso, os rebanhos podem ser formados, principalmente, pela aquisição de animais de origem idônea, ou seja, de criadores conhecidos, pois a qualidade genética da vacada é um dos principais fatores de todo o processo.
Na fase de como melhorar, é importante fazer também uma análise da vacada existente e utilizar os reprodutores/sêmen que possam explorar, ao máximo, a heterose. O cupim ou giba pode ser um indicador importante, pois se o animal “puxar” mais para o europeu, com pouco cupim, a melhor alternativa é usar uma raça zebuína como Nelore, Gir ou Guzerá, a fim de conseguir maior “choque” de sangue.
Cruzamentos: Quando se usa cruzamento, ou seja, acasalamento entre animais de raças diferentes, é importante considerar-se a heterose também denominada de choque de sangue ou vigor híbrido. A heterose nada mais é do que a resposta obtida ao se cruzar duas ou mais raças geneticamente diferentes, tentando-se aproveitar, ao máximo, o potencial genético dos animais envolvidos, buscando-se a maior produtividade possível. Obtêm-se maior índice de heterose, ou maior choque de sangue, quanto mais diferentes forem os genótipos, isto é, quanto mais distante for o parentesco entre os animais cruzados.
Deve-se optar por raças produtoras de carne por excelência, pois é a melhor
opção para maior retorno.
O cruzamento tem a finalidade de tentar reunir em um só animal as
características desejáveis de duas ou mais raças, bem como explorar a heterose, pois os animais, apesar de serem da mesma espécie Bos taurus, pertencem a duas subespécies distintas, ou seja, Bos taurus indicus (zebus) e Bos taurus taurus (europeus).
Pode-se enumerar muitas vantagens dos cruzamentos, como: aumento da taxa de concepção; maior percentagem de bezerros a desmama; bezerros mais pesados a desmama; produção de novilhos mestiços com grande procura no mercado; menor taxa de mortalidade; maior precocidade reprodutiva; diminuição de problemas ao parto; maior produção de leite e carne; maior longevidade ou vida útil; maior adaptação às condições adversas; menor número de serviços/ monta por prenhez; maior velocidade de crescimento e da taxa de concepção; absorção de uma raça em outra mais produtiva e até a criação de uma nova raça; aumento da fertilidade; uso dos efeitos das diferenças genéticas entre raças; uso da complementaridade entre as raças; e proporção de maior flexibilidade aos sistemas de produção.
Algumas desvantagens podem ser citadas: perda de uniformidade,
principalmente, da pelagem; manutenção mais cara (aquisição de sêmen,
animais, alguns equipamentos, etc.); manejo de, no mínimo, dois rebanhos (se em monta natural); dificuldade de ser praticada em condições extensivas; maior número de divisões nas pastagens; mão-de-obra mais especializada e/ou treinada; maior capacidade gerencial; e melhores condições gerais de manejo.
Todo manejo genético deve ser orientado por um técnico para definir bem o
esquema de cruzamentos, ressaltando-se que a inseminação artificial é fundamental para a obtenção de bons resultados mais rapidamente. Sem a inseminação artificial, dificilmente há melhoramento genético em curto ou médio tempo.
Seleção
O processo de melhoramento genético deve ser acompanhado de uma rigorosa seleção, para que se mantenham no rebanho animais que irão contribuir efetivamente para o aumento da produtividade nas futuras gerações.
A seleção e o cruzamento são as “palavras mágicas” do melhoramento
genético. Seleção é a escolha dos animais que serão pais na geração seguinte e o cruzamento é um meio importante de se alcançar maior produtividade,
utilizando-se o acasalamento entre raças diferentes.
O principal efeito da seleção é o aumento da herança desejável na população,
ou seja, escolhendo-se sempre os animais mais produtivos, o rebanho, como
um todo, será beneficiado com um ganho genético anual.
A melhor maneira de selecionar um reprodutor é por meio dos seus valores
genéticos e, hoje, a diferença esperada na progênie (DEP) é o melhor caminho.
Há DEP para todas as características: produção em várias idades, habilidade
materna, pesos, etc. Contudo, na prática, ainda é difícil fazer o uso desse
índice, pela falta de estrutura e escrituração, na maioria das fazendas do País.
Assim, há muitas maneiras para se escolher um reprodutor, quando os
processos de seleção, propriamente ditos, não podem ser aplicados.
A recomendação mais importante é que todo criador, seja qual for o grau de
melhoramento do rebanho, deve perseguir a independência na IA, individualmente, ou associado a outros fazendeiros maiores e, também,
recorrendo aos profissionais que prestam serviços particulares ou autônomos.
Escolha dos reprodutores
Há algumas orientações práticas e seguras para se evitar maiores surpresas na escolha de reprodutores. Um reprodutor deve apresentar as seguintes
características, além do da “balança”:
Circunferência escrotal acima de 30 cm, aos 24 meses; temperamento vivo, até
mesmo inquieto, sem ser nervoso, pois isso demonstra seu libido; forma
retangular e profundidade compatível com o tamanho; grande capacidade
respiratória, boa “caixa” e porte condizente com a raça; vigor e bons aprumos;
pêlos macios, assentados e brilhantes; costado amplo, garupa e coxas enxutas
e descarnadas. A pele deve ser solta e elástica; órgãos genitais íntegros, com
os testículos de consistência apropriada (tenso-elástico); peito largo e
profundo; costelas largas, arqueadas e separadas; membros dianteiros
descarnados, fortes e quase retos; quartelas flexíveis e fortes (articulação que
liga o casco à canela); cascos curtos, redondos e sola plana; unhas não muito
abertas e talões altos (parte superior das unhas); bom desenvolvimento
ponderal e precocidade para ganho em peso e boa fertilidade.
Deve-se associar a todas essas características, rigorosos exames clínicos e
laboratoriais do animal e do sêmen. Em síntese, é necessária uma avaliação
andrológica completa do animal.
Escolha de matrizes
No caso da aquisição de animais, deve ser considerado ainda o clima da região e o tipo de exploração.
Deve-se dar prioridade às fêmeas com boa habilidade materna; na aquisição de novilhas ou bezerras, observar as produções das mães e avós, a origem
(linhagem) e produção do pai por meio dos filhos; deve ser fértil, com aspecto
saudável e temperamento dócil; na forma (morfologia), uma boa vaca de corte deve ter a forma de um paralelogramo, vista de frente, de cima e dos lados, de grande porte e saudável; em exames físicos, é importante um úbere com boa capacidade de produção, com ligamentos dianteiros e traseiros firmes, bem irrigados, salientando as duas grossas veias mamárias (passam pelas laterais da barriga) e grande quantidade de veias menores e bem ramificadas; as tetas devem estar dispostas simetricamente de tamanho que caiba na mão fechada de uma pessoa adulta; os aprumos devem ser bem sólidos, com os membros posteriores ligeiramente arqueados; narinas largas e peito denotando grande capacidade respiratória, alto, largo e pernas dianteiras bem separadas; garupa larga e comprida, ligeiramente inclinada para trás; pele solta e costelas bem separadas e arqueadas; coxas torneadas, e o estado sanitário do animal deve ser de aspecto saudável.
Algumas cooperativas/empresas relacionadas a reprodução de bovinos:
http://www.embriotec.com.br/index.php
http://www.genotech.com.br/Index.html
http://www.cnpc.embrapa.br/?pg=principal
http://www.sheepembryo.com.br/
http://www.clivar.com.br/conteudo/empresa
http://www.invitrobrasil.com.br/equipes.html
http://www.reprocenter.com.br/empresa.asp
http://www.genotech.com.br/Index.html
http://www.cnpc.embrapa.br/?pg=principal
http://www.sheepembryo.com.br/
http://www.clivar.com.br/conteudo/empresa
http://www.invitrobrasil.com.br/equipes.html
http://www.reprocenter.com.br/empresa.asp
Pesquisa e desenvolvimento
A principal diretriz de pesquisa e desenvolvimento das cooperativas relacionadas com a reprodução animal é a adoção do sistema aberto de inovação, onde a busca de parceiros de instituições nacionais e internacionais, públicas e privadas, se faz diante da necessidade técnica, abrindo a porta para os negócios e os projetos de desenvolvimento tecnológico. Linhas de pesquisa:
Melhoramento Genético Animal
- Caracterização, conservação e uso de recursos genéticos
- Programa de melhoramento genético de ovinos e caprinos de corte
- Programa de melhoramento genético de caprinos leiteiros
- Melhoramento genético animal
- Genômica aplicada ao melhoramento genético
- Caracterização, conservação e uso de recursos genéticos
- Programa de melhoramento genético de ovinos e caprinos de corte
- Programa de melhoramento genético de caprinos leiteiros
- Melhoramento genético animal
- Genômica aplicada ao melhoramento genético
Reprodução animal- Controle Farmacológico do Ciclo Estral
- Inseminação Artificial
- Tecnologia de embriões
- Fertilização in vitro
- Proteômica aplicada à reprodução
Especialidades
Assim como a Medicina Humana, a Veterinária também possui diversas especialidades. De acordo com a especialidade escolhida, o profissional passa a se dedicar ao estudo de uma determinada espécie de animal ou de certas estruturas do corpo destes animais. Áreas de reprodução:Genética e melhoramento animal: pesquisa de melhoria genética, principalmente de rebanhos, como bovinos, para alcançar bons resultados na reprodução de animais produtores de alimentos e insumos.
Reprodução animal: desenvolvimento de pesquisas de reprodução, nas áreas de andrologia (estudos dos órgãos sexuais masculinos), inseminação artificial, ginecologia e obstetrícia veterinária, produção "in vitro" de embriões, clonagem animal, transgênese animal e fisiologia e manejo reprodutivo.
Ética
A bioética é a ética aplicada a vida e, abrange temas que vão desde uma simples relação interpessoal até fatores que interferem na sobrevivência do próprio planeta. Dentro da medicina veterinária, este termo está intimamente ligado à noção de bem-estar animal.
Os princípios básicos da bioética são três:
Os princípios básicos da bioética são três:
- Autonomia ou princípio da liberdade: ele se baseia no fato de que na relação médico-paciente, este último possui o direito de ser informado sobre seu estado de saúde, detalhes do tratamento a ser prescrito e tem toda a liberdade de decidir se irá ou não se submeter ao tratamento determinado. Caso o paciente não possa decidir, os pais ou responsáveis é que tomam a decisão. Em casos de experimentos conduzidos com seres humanos, os indivíduos submetidos aos testes devem receber detalhes dos procedimentos a serem adotados e dar uma autorização, por escrito, de que deseja participar da pesquisa. Na medicina veterinária, como o animal não pode tomar essa decisão, cabe ao médico veterinário fornecer todas as informações sobre o animal e possíveis tratamentos e obter a autorização do proprietário para a realização dos procedimentos.
- Beneficência ou princípio da não-maleficência: toda e qualquer tecnologia deve trazer benefícios para a sociedade e jamais causar-lhe malefícios. É fato nos dias de hoje, que a bioética está mais relacionada aos seres humanos do que aos animais, pois a maior parte dos experimentos existentes visa beneficiar o homem e não os animais.
- Justiça distributiva: os avanços técnico-científicos devem beneficiar a sociedade como um todo e não apenas alguns grupos privilegiados.
- Dimensão pessoal: estuda a relação entre os profissionais responsáveis e seus pacientes. A liberdade do indivíduo ou responsável pelo indivíduo deve ser respeitada;
- Dimensão social, econômica e política: tem como objetivo estabelecer critérios para que seja determinada a alocação e distribuição de recursos, bem como tentar reduzir as diferenças econômicas e sociais dentro de um país ou entre países. Dentre os diferentes assuntos que são abordados nessa área da bioética, destacam-se: alocação de recursos financeiros; patentes; desequilíbrio entre países ricos e pobres e fome;
- Dimensões ecológicas: os principais temas que fazem parte da pauta de discussão da bioética no campo da ecologia são proteção ao meio ambiente, exploração dos recursos naturais, desertificação, poluição, extinção de espécies, equilíbrio ecológico, utilização de animais e plantas em condições éticas, proteção da qualidade de vida dos animais, desequilíbrio entre países ricos e pobres, problemas nucleares e proteção da biodiversidade;
- Dimensão pedagógica: trata-se da discussão de alternativas que visem uma melhora no ensino e aprendizagem nas instituições;
- Dimensões biológicas ou bioética especial: dentro deste grupo da bioética, destacamos o começo da vida, o diagnóstico pré-natal, o abortamento provocado, a reanimação do recém-nascido, a engenharia genética e organismos geneticamente modificados, terapia gênica, eugenia, reprodução medicamental assistida, clonagem, transplante de órgãos, experimentação animal e em humanos, eutanásia e distanásia.
Disponível em :
http://www.infoescola.com/medicina/bioetica/
Ana Luíza Dala RosaCurrículo:
Médico Veterinário
- Superior em Medicina Veterinária. Desejável Mestrado em Reprodução animal.
- Experiência com treinamentos e palestras, em empresas do ramo veterinário. Experiência a campo na área de reprodução bovina.
- Conhecimento avançado em Reprodução Bovina. Conhecimento avançado em informática.
- Disponibilidade total para viagens e mudança de cidade.
Responsabilidades:
- Realizar treinamentos sobre Reprodução para clientes do ramo pecuarista
- Capacitar tecnicamente equipe comercial sobre Reprodução
- Definir o posicionamento dos produtos no mercado
- Manter estreito relacionamento com clientes e equipe comercial
- Analisar mercado concorrente
- Elaborar e realizar testes de campo
- Realizar vendas de protocolos