NOVAS TECNOLOGIAS PARA UMA MELHOR REPRODUÇÃO
O interesse pelo desenvolvimento e a incorporação de novas tecnologias, denominadas Tecnologias de Reprodução Assistida (TRA), têm crescido dentro dos sistemas de produção suína atuais.
Entre as TRA, atualmente aplicáveis na produção de suínos, temos:
1. Congelamento de sêmen
Desde que, em 1975, Pursel & Johnson estabeleceram a metodologia para o congelamento de sêmen suíno na forma de pílulas, e Westendorf & colaboradores desenvolveram a técnica das maxiampolas, ambas têm sido e continuam sendo – com ligeiras modificações – as bases dos protocolos atuais de congelamento. A reduzida fertilidade e prolificidade dos espermatozóides suínos crio-preservados na IA deve-se a :
- Mudanças estruturais e funcionais sofridas pelos espermatozóides durante o processo de criopreservação;
- Diminuição da funcionalidade que os referidos espermatozóides têm, no trato genital da porca;
- Características anatômicas peculiares do aparelho genital, as quais dificultam o trajeto dos espermatozóides rumo ao oviduto;
- Má qualidade dos embriões produzidos, o que condiciona sua posterior viabilidade;
O dano estrutural sofrido pelos espermatozóides durante o congelamento, além de diminuir sua sobrevivência no trato genital da porca e o número de embriões produzidos, tem um efeito negativo sobre o desenvolvimento e a viabilidade dos referidos embriões. Ainda que os últimos estudos e modificações nas técnicas e nas aplicações de sêmen congelado tenham melhorado significativamente os resultados de fertilidade e prolificidade, as pesquisas devem continuar para minimizar os danos causados pelo congelamento à célula espermática, assim como encontrar novos métodos para avaliar a viabilidade e a capacidade fecundante do sêmen descongelado.
O congelamento de sêmen tem a finalidade de tornar rentáveis os reprodutores de grande valor genético e criar bancos de sêmen com doses suficientes para abastecer as granjas em situações de proibição do movimento de animais e sêmen.
2. Sexagem de sêmen para a programação da produção de machos ou fêmeas e para acelerar o melhoramento genético.
A determinação do sexo da descendência, antes do nascimento, é de grande interesse econômico. Principalmente para as empresas de genética, as quais – de posse dessa informação – poderiam programar sua produção, direcionando-a para linhas macho ou fêmea, de acordo com a demanda do mercado, além de, por meio desse procedimento, acelerar os programas de melhoramento genético. Os métodos para sexagem de sêmen são classificados em dois grupos: os embasados em características físicas ou cinéticas e aqueles que atuam sobre as diferenças nucleares dos espermatozóides. Estes últimos têm dado resultados satisfatórios, relativos à obtenção de populações purificadas de espermatozóides X/Y pela determinação do seu conteúdo de DNA. O espermatozóide que transporta o cromossomo X é maior e contém mais DNA que o espermatozóide transportador do cromossomo Y.
Baseado nesta teoria, foi desenvolvido um método para a sexagem espermática, denominado Bestville Sperm Sexing Technology (BSST), que utiliza um sistema de corte por citometria de fluxo para separar os espermatozóides X e Y20. Entretanto, a inclusão da citometria de fluxo nos sistemas tradicionais de IA é impraticável, devido ao número escasso de spz que podem ser separados.
A incorporação de novas substâncias nos meios de coleta e os avanços técnicos nos citometros de fluxo têm gerado procedimentos que nos permitem obter até sete milhões de espermatozóides viáveis por hora e com uma pureza ao redor de 80%. Esta combinação entre o rendimento e a pureza sempre está equilibrada, nos sistemas de separação. Incrementos no rendimento podem ocorrer em detrimento da pureza e vice-versa.Atualmente, a sexagem do sêmen não é realizada nas centrais de inseminação convencionais por requerer um equipamento tremendamente sofisticado, o citometro de fluxo, o qual necessita de pessoal especializado para o seu manejo, além de instalações com características especiais relativas à temperatura, luminosidade, etc.
Estes espermatozóides sexados podem ser utilizados na produção de embriões in vitro ou, com certa garantia de êxito, no processo de inseminação intrauterina profunda, por meio do qual tem se obtido nascimentos em conseqüência de inseminação com espermatozóides separados mediante citometria de fluxo e congelados. Uma vez resolvidos os problemas ligados à inseminação (diminuição do número de espermatozóides por dose), é provável que, nos próximos anos, venhamos a assistir uma maior popularização desta tecnologia na produção animal, especialmente no segmento destinado a animais de alto valor econômico e/ou genético.
3. Inseminação Artificial Intrauterina, que permite depositar o sêmen próximo ao local da fecundação.
A suinocultura industrial busca uma maneira de aperfeiçoar a produtividade dos cachaços destinados à IA. A tendência atual, na IA de suínos, é a redução do número de espermatozóides por inseminação e, nessa linha, estão sendo desenvolvidas novas técnicas, no sentido de aplicar o sêmen próximo do local da fecundação. Atualmente, é possível reduzir a concentração da dose seminal usada na IA tradicional, chegando a dois bilhões de espermatozóides por dose, sem que a fertilidade e a prolificidade sejam afetadas.
Os trabalhos de Rath & colaboradores (1999) demonstram que, por meio da inseminação intrauterina profunda, com 20 milhões de espermatozóides depositados cirurgicamente, foram obtidas taxas de gestação equipará-veis a quando se depositam 200 ou 1 bilhão. O inconveniente dessa técnica é a necessidade de se realizar uma cirurgia para fazer a IA. Nos últimos anos têm sido
desenvolvidas novas técnicas nãocirúrgicas para a deposição do sêmen no final do corno uterino (insemina-ção intrauterina profunda)ou no corpo uterino (inseminação póscervical). A inseminação intrauterina profunda (IUP) consiste na utilização de um cateter flexível de 1,5 metro de comprimento, o qual permite depositar 150 milhões de espermatozóides, num volume de 7,5 ml, no final do corno uterino. No casoda inseminação pós-cervical (IPC), uma cânula passa por meio da cervix e chega até o corpo uterino, sendo utilizado até 500 milhões de espermatozóides, num volume de 30 ml, ou 1 bilhão num volume de 80 ml. Os últimos resultados obtidos com essas duas técnicas demonstram que é possível diminuir o volume e a concentração da dose seminal, sem que a fertilidade e a prolificidade sejam afetadas.
Disponível em : http://www.consuitec.com.br/sgc/fotos/Novas%20tecnologias%20de%20reprodu%C3%A7%C3%A3o%20su%C3%ADna%20-%20Revista%2033.pdf
Julia Soletti
INTRODUÇÃO A REPRODUÇÃO DOS SUINOS
A suinocultura é um ramo da criação de animais que trata do manejo de suínos para a produção de alimentos e derivados. Portanto a reprodução de suínos é muito importante também, haja vista que quanto maior a taxa de nascimento de suínos, maior será o número de carne e derivados, tanto para exportação, como para o consumo interno. A carne suína é a fonte de proteína animal mais consumida no mundo, representando quase metade do consumo e da produção de carnes.
A fisiologia reprodutiva desses animais acontece da seguinte forma : o cio dura de 24 a 72 horas e se repete de 18 a 21 dias depois, quando não são enxertadas. A ovulação ocorre, aproximadamente, de 30 a 45 horas após o início do cio. O primeiro cio aparece aos 5 ou 6 meses de idade, nas porcas, enquanto que os machos, com 6 ou 7 meses já estão aptos a reproduzir, embora seja aconselhável esperar até 10 a 12 meses. A fêmea só aceita o macho quando está no cio, caso contrario, ela o rejeita.
Portanto, há também outros meios para ocorrer a reprodução animal, os quais veremos nas próximas postagens.
Disponivel em : http://www.ruralnews.com.br/visualiza.php?id=380
Julia Soletti
gostei muito, estou muito agradecido... obrigado
ResponderExcluirgostei muito, estou muito agradecido... obrigado
ResponderExcluirgpstei da informação, obrigado
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